Dúvidas frequentes sobre SPDA e MPS – Parte 1

TRANSCRIÇÃO PARA DEFICIENTES AUDITIVOS

Seja muito bem vindo ao nosso TELCast! Eu sou Nikolas Lemos e o episódio de hoje irá responder algumas dúvidas de SPDA e MPS, comuns entre projetistas e instaladores.

Antes de começarmos, as perguntas que aparecem neste episódio, foram extraídas do Espaço Para-raios, que é um ambiente gratuito disponibilizado no site da Termotécnica. Inclusive, convido toda a nossa audiência do TELCast a explorar também os outros conteúdos técnicos que apresentamos por lá, em diferentes formatos, como artigos, vídeos, lives e e-books.

Em sequência ao tema de hoje, iniciamos com a dúvida sobre o trilho metálico convencional. As pessoas têm dúvidas em relação à utilização deste elemento na captação, descida e ou aterramento do SPDA. Vou explicar para vocês.

Assim como qualquer outro componente metálico que se deseja aproveitar como elemento natural do SPDA, é preciso que estes trilhos metálicos estejam em bom estado de conservação, sem oxidações excessivas e preferencialmente com algum acabamento superficial. Estes também deverão ser permanentes na estrutura e não poderão ser modificados ou removidos..

A continuidade elétrica deve ser garantida em toda sua extensão e também nas conexões com o restante do sistema de proteção. Por fim, suas dimensões deverão ser compatíveis com os valores mínimos recomendados pela NBR 5419.Atendendo todas essas exigências, será possível aproveitar os trilhos ou quaisquer outras peças metálicas como componentes naturais do SPDA.

Outra grande dúvida que tem surgido entre os projetistas, é como fazer o sistema de proteção de edificações já construídas e cercadas por edificações vizinhas. Este caso é muito comum nos grandes centros urbanos, onde os prédios são praticamente colados, impedindo a instalação de descidas e malhas de aterramento externas.

Felizmente, a norma nos dá alternativas para sanar este problema. Tanto para as descidas quanto para o aterramento, podemos realizar ensaios de continuidade elétrica nas ferragens estruturais e, em caso positivo, aproveitá-las como elemento natural do sistema. Se a continuidade elétrica não for garantida nos trechos, a solução a ser adotada, é instalar as descidas e/ou malhas de aterramento no interior da edificação. E, para minimizar os riscos aos ocupantes, medidas de proteção contra tensões de toque e passo devem ser adotadas.

Outra dúvida muito comum é se será preciso instalar os anéis de equipotencialização intermediários nas descidas, quando a metodologia adotada for de um sistema estrutural ou natural.
O objetivo desse requisito normativo é garantir melhor distribuição das correntes do raio pelas descidas, reduzindo a probabilidade de centelhamentos perigosos. No caso de um SPDA natural ou estrutural, as descidas já estarão em contato elétrico com as demais ferragens da laje, que vão atuar como anel de equipotencialização intermediário.

Outra pergunta muito frequente é qual o valor exigido para resistência de aterramento no SPDA. A norma estabelece outros parâmetros tão ou mais importantes do que a resistência de aterramento para descargas atmosféricas.

Por essa razão, a malha do SPDA, não precisa alcançar nenhum valor específico, visto que sua configuração em anel contínuo é muito mais determinante para a segurança das pessoas.
Porém, mesmo não existindo nenhum valor pré-estabelecido pela NBR 5419, deve-se obter o menor valor de resistência de aterramento e este deverá ser compatível com a topologia e resistividade do solo no local.

E para finalizar, uma dúvida muito comum com os protetores de surtos: Onde devem ser posicionados?Os DPSs sempre devem ser posicionados nas fronteiras entre as zonas de proteção contra raios. Essa recomendação é para evitar que o surto adentre ainda mais pela estrutura, já que é função do protetor, desviar para a terra ou de volta para as linhas de energia.

Se você possui outras dúvidas sobre SPDA e MPS, sinta-se livre para compartilhá-la conosco, através do e-mail [email protected]. Você e sua pergunta podem aparecer na composição do próximo episódio do TELCast.